1- Você teve uma carreira brilhante na quadra e há alguns anos mudou para a praia? Que análise você faz da sua carreira na praia e quais as maiores dificuldades que encontrou?
2- Agora você está atuando com a gaúcha Josi. É necessário que uma dupla se entrose também fora da quadra?
É fundamental que a dupla se entenda dentro e fora de quadra, principalmente, no feminino. Mulheres são melindrosas (risos). As duas jogadoras não precisam ser as melhores amigas, mas cumplicidade e admiração mútua, ajudam bastante. Apesar de ser dupla, o vôlei de praia é um esporte com uma cultura bem individual.
3- Quais os pontos positivos no seu jogo e no que acredita que precisa melhorar no seu jogo?
Tecnicamente, minhas dificuldades são o deslocamento na areia, fazer a leitura do recuo no momento certo e dar croc. Mas a maior dificuldade é a falta de patrocínio, mesmo tendo um bom currículo, com medalha olímpica na quadra.
4- Quais as condições climáticas você prefere para atuar na praia?
Praia combina com sol e calor, Eu gosto disso! Ultimamente estou gostando do vento e aprendendo a usá-lo a meu favor (eu tinha pavor dele quando comecei a jogar).
5- Como você analisa o atual momento do vôlei de praia feminino do Brasil?
A modalidade vem alcançando resultados maravilhosos ao longo dos anos, porém, as vésperas de uma Olimpíada, em casa, fica uma grande lacuna por falta de renovação. Quantas duplas sub-19, 21 e 23 vingaram? Promessas que ficaram pelo caminho por falta de apoio, assim como várias duplas adultas.
6-O que a Confederação de Vôlei poderia fazer para melhorar a modalidade?
Nos outros países, várias duplas rodam o Circuito Mundial desde cedo. Com o novo sistema adotado, diversos atletas competentes, e com as suas respectivas pontuações, foram prejudicados e impedidos de jogar o Circuito Mundial por não fazerem parte de um grupo criado e denominado "seleção brasileira de praia". Acho que a seleção deve existir sim, e com todo o apoio necessário: com a melhor comissão técnica, física e psicológica, e mais um ajuda financeira. Apesar disso, penso que o sistema anterior do Circuito Mundial deveria voltar, no qual, jogava-se o country-quota e o qualifying. Também acho que no circuito brasileiro deveria voltar o sistema anterior: qualifying na quinta-feira e na mesma semana da etapa, utilizando uma única estrutura. Igualar o ranking feminino, e voltar o calendário com 12 etapas ao ano+ bônus pool.
7- O fato da Olimpíada ser no Rio e o Brasil ter conquistado um ouro em Olimpíadas, somente em 1996, pode gerar uma pressão nas jogadoras em 2016? Neste caso, a experiência será importante?
A pressão sempre existiu e dentro de casa isso aumenta sim. E no nosso país cobra-se resultado, mas esquecem que a grande maioria dos atletas não têm apoio, patrocínio, e às vezes, nem mesmo uma estrutura para trabalhar. É preciso lembrar que o atleta precisa de uma boa alimentação, suplementação e descanso. Bem, brasileiro é tinhoso, não desiste fácil, mas as experiências anteriores sempre ajudam.
8- Cite seus patrocinadores e apoiadores?
Infelizmente não tenho patrocínio. Conto apenas com as premiações e recurso próprio todo revertido em passagens, etc...
Nenhum comentário:
Postar um comentário